Este texto é mais longo que os demais, mas é, na minha opinião, o mais interessante até agora. Não administradores podem se sentir perdidos no começo, mas ao final estarão num porto seguro, tendo entendido tudo.
O conceito da “cauda longa”, explorado no livro homônimo de Chris Anderson, vem sendo exaustivamente debatido em livros e nas faculdades para explicar a gestão de estoques ou a quebra de paradigmas em modelos de negócio. Nos exemplos, geralmente encontramos produtos como músicas para explicar o proposto, mas o que será apresentado como sujeito da cauda longa será um canal de distribuição, mais especificamente “lojinhas digitais”.
O site Zlio (www.zlio.fr) é uma plataforma gratuita de criação de micro-lojas pessoais como se fossem blogs. Ao invés de postar notícias ou artigos, o usuário adiciona produtos ao seu perfil, ou melhor, à sua blogoloja. Empresas de diversos setores parceiras do Zlio oferecem seus portfólios no site e autorizam a exposição dos mesmos “na estante” de cada blogoloja. Se o usuário adicionar um determinado produto em seu sortimento digital e ele for vendido pela sua blogoloja, parte da receita da venda que irá para o parceiro do Zlio vai direto para seu bolso. Ou seja, eu que sou um fan de rugby posso montar a minha loja de produtos esportivos específicos para este esporte e se alguém visitar minha blogoloja e comprar alguma coisa, eu ganho dinheiro! Parece ótimo não?! Sem custo, sem estoque, traduzindo, SEM RISCO!
As lojas digitais que variam de flores, livros, roupas e etc. podem ser buscadas pelo próprio site Zlio por assunto, mas o fluxo em cada blogoloja é em sua maioria de pessoas conhecidas dos criadores da mesma. Assim, sabemos que o trabalho pessoal na divulgação de cada loja é fundamental para o sucesso da mesma.
Mas o interessante na ótica comercial é que as empresas se aproveitaram dessa nova plataforma de negócios para: vender mais, a um custo baixo e a algumas pessoas que jamais iriam vender. Vendem mais porque criaram uma nova forma de contato com públicos potenciais e alvo. A um custo baixo já que, ao invés de investir em lojas e pessoal ou um canal de distribuição mais caro, remuneram condicionalmente à venda no estilo comissão. E, por fim, vendem a pessoas que jamais iriam vender pois, como sabemos que muitos dos visitantes são “chegados” do criador da loja, a compra no “estilo Avon” com consultoras(Natura, Herbalife, Tupperware também...),para motivar e ajudar o companheiro, é um grande impulsionador de transações.
Observação: é sabido/suposto entre a comunidade de marketing e vendas que parte das compras no “estilo Avon” é uma “caridade” entre amigos.
O leitor vai me questionar: “Ah! Mas essas lojas sem apelo vão vender 1 ou 2 produtos no primeiro mês e olhe lá....”. Ok, mesmo que uma loja venda 1 artigo por mês, imagine quantas blogolojas “1 venda por mês” existirão no universo de lojas do Zlio(eles tinham 200.000 lojas em Dezembro de 2007 quando eram muito menos conhecidos) que cresce entre 500 e 3000 blogolojas diariamente...Além disso, somatória das vendas unitárias, em cada mês, se transforma num faturamento substancial. Esta é a famosa cauda longa das vendas.
P.S: O site Zlio também é pago por participação em vendas.
P.S 2: Já se sabe que há gente vivendo exclusivamente com dinheiro vindo de remuneração do Zlio. Há pessoas que ganham mais de 3000 Euros ao mês.
Quando surgirão “e-shoppings” que agruparão as blogolojas de maior desempenho? Como você avalia o aproveitamento desse canal de distribuição altamente emocional? Você acredita no sucesso de uma empresa que baseia suas vendas em internet?
Deixe seu comentário.
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This text is longer than the other ones but it’s also the best among them.
Non business-people might feel lost in the beginning but they will fell “at home” by the end, understanding every concept explained.
The “Long Tail” concept, explored in the homonym book of Chris Anderson, is being exhaustively debated in essays and in business schools to explain stock management and paradigm ruptures in business models. In the examples, we often find products like mp3 songs to explain the concept, but what is going to be presented as subject of the long tail here is a distribution channel, specifying: digital stores.
The website Zlio (www.zlio.fr) is a free-platform of micro-stores creation. They work like blogs but instead of posting texts or articles, the user adds products to his profile, or better saying, to his blogshop. Various companies that are Zlio’s partners offer theirs portfolios in the website and they authorize the exposition of them in each blogshop “gondola”. If the user adds a product in his digital assortment and it is sold by his blogshop, a part of the revenue that is going to the Zlio’s partner goes directly to his pocket. That means that I, a big rugby fan, can create my own rugby store and if anybody buys something from it, I get paid! Looks awesome?! No cost, no stock, NO RISK!
The digital stores vary from flowers to clothes and can be searched by the same Zlio site by product family , but the traffic in each blogshop is mainly consisted by people who know the owner of the e-store. So, we know that personal effort plays a big role in the success of each e-store.
But, the most interesting aspect on the commercial vision is that the enterprises took advantage of this new business platform to: sell more, with low cost and to people they would never sell. They sell more because they established a new way of contact with potential buyers and targets. With a low cost as soon as they remunerate only in case of sales and avoiding investing in stores and personnel. And, to people they would never sell as we know that since a good part of the store visitors are “friends”, the buy in the “Avon style” with consultants(Tupperware and Herbalife as well…), to motivate and help the friend, is a great impulse to transactions.
Detail: It’s known by the marketing and Sales community that part of the sales of the “Avon style” is “charity” between friends.
You will question me: “Dah! But these no-appeal stores will sell 1 or 2 products in the first month if they go far…” . Okay, even if one store sells 1 article a month, imagine how many “1 sale per month” blogshops exist in the universe of Zlio stores(they had 200.000 stores in Dec.07 when they were a way smaller) that grows between 500 and 3000 everyday. Furthermore, the sum of the sales in each month becomes substantial revenue. It is the famous of long tail of sales.
P.S: Zlio is also paid by commission.
P.S 2: It is already known that there are people living on Zlio based blogshops earning up to 3000 Euros monthly.
When the e-shoppings which put together the best performance blogshops will appear?
How do you evaluate this new highly emotional distribution channel? Do you believe in the success of internet-sales based companies?
Leave your comment.
O conceito da “cauda longa”, explorado no livro homônimo de Chris Anderson, vem sendo exaustivamente debatido em livros e nas faculdades para explicar a gestão de estoques ou a quebra de paradigmas em modelos de negócio. Nos exemplos, geralmente encontramos produtos como músicas para explicar o proposto, mas o que será apresentado como sujeito da cauda longa será um canal de distribuição, mais especificamente “lojinhas digitais”.
O site Zlio (www.zlio.fr) é uma plataforma gratuita de criação de micro-lojas pessoais como se fossem blogs. Ao invés de postar notícias ou artigos, o usuário adiciona produtos ao seu perfil, ou melhor, à sua blogoloja. Empresas de diversos setores parceiras do Zlio oferecem seus portfólios no site e autorizam a exposição dos mesmos “na estante” de cada blogoloja. Se o usuário adicionar um determinado produto em seu sortimento digital e ele for vendido pela sua blogoloja, parte da receita da venda que irá para o parceiro do Zlio vai direto para seu bolso. Ou seja, eu que sou um fan de rugby posso montar a minha loja de produtos esportivos específicos para este esporte e se alguém visitar minha blogoloja e comprar alguma coisa, eu ganho dinheiro! Parece ótimo não?! Sem custo, sem estoque, traduzindo, SEM RISCO!
As lojas digitais que variam de flores, livros, roupas e etc. podem ser buscadas pelo próprio site Zlio por assunto, mas o fluxo em cada blogoloja é em sua maioria de pessoas conhecidas dos criadores da mesma. Assim, sabemos que o trabalho pessoal na divulgação de cada loja é fundamental para o sucesso da mesma.
Mas o interessante na ótica comercial é que as empresas se aproveitaram dessa nova plataforma de negócios para: vender mais, a um custo baixo e a algumas pessoas que jamais iriam vender. Vendem mais porque criaram uma nova forma de contato com públicos potenciais e alvo. A um custo baixo já que, ao invés de investir em lojas e pessoal ou um canal de distribuição mais caro, remuneram condicionalmente à venda no estilo comissão. E, por fim, vendem a pessoas que jamais iriam vender pois, como sabemos que muitos dos visitantes são “chegados” do criador da loja, a compra no “estilo Avon” com consultoras(Natura, Herbalife, Tupperware também...),para motivar e ajudar o companheiro, é um grande impulsionador de transações.
Observação: é sabido/suposto entre a comunidade de marketing e vendas que parte das compras no “estilo Avon” é uma “caridade” entre amigos.
O leitor vai me questionar: “Ah! Mas essas lojas sem apelo vão vender 1 ou 2 produtos no primeiro mês e olhe lá....”. Ok, mesmo que uma loja venda 1 artigo por mês, imagine quantas blogolojas “1 venda por mês” existirão no universo de lojas do Zlio(eles tinham 200.000 lojas em Dezembro de 2007 quando eram muito menos conhecidos) que cresce entre 500 e 3000 blogolojas diariamente...Além disso, somatória das vendas unitárias, em cada mês, se transforma num faturamento substancial. Esta é a famosa cauda longa das vendas.
P.S: O site Zlio também é pago por participação em vendas.
P.S 2: Já se sabe que há gente vivendo exclusivamente com dinheiro vindo de remuneração do Zlio. Há pessoas que ganham mais de 3000 Euros ao mês.
Quando surgirão “e-shoppings” que agruparão as blogolojas de maior desempenho? Como você avalia o aproveitamento desse canal de distribuição altamente emocional? Você acredita no sucesso de uma empresa que baseia suas vendas em internet?
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This text is longer than the other ones but it’s also the best among them.
Non business-people might feel lost in the beginning but they will fell “at home” by the end, understanding every concept explained.
The “Long Tail” concept, explored in the homonym book of Chris Anderson, is being exhaustively debated in essays and in business schools to explain stock management and paradigm ruptures in business models. In the examples, we often find products like mp3 songs to explain the concept, but what is going to be presented as subject of the long tail here is a distribution channel, specifying: digital stores.
The website Zlio (www.zlio.fr) is a free-platform of micro-stores creation. They work like blogs but instead of posting texts or articles, the user adds products to his profile, or better saying, to his blogshop. Various companies that are Zlio’s partners offer theirs portfolios in the website and they authorize the exposition of them in each blogshop “gondola”. If the user adds a product in his digital assortment and it is sold by his blogshop, a part of the revenue that is going to the Zlio’s partner goes directly to his pocket. That means that I, a big rugby fan, can create my own rugby store and if anybody buys something from it, I get paid! Looks awesome?! No cost, no stock, NO RISK!
The digital stores vary from flowers to clothes and can be searched by the same Zlio site by product family , but the traffic in each blogshop is mainly consisted by people who know the owner of the e-store. So, we know that personal effort plays a big role in the success of each e-store.
But, the most interesting aspect on the commercial vision is that the enterprises took advantage of this new business platform to: sell more, with low cost and to people they would never sell. They sell more because they established a new way of contact with potential buyers and targets. With a low cost as soon as they remunerate only in case of sales and avoiding investing in stores and personnel. And, to people they would never sell as we know that since a good part of the store visitors are “friends”, the buy in the “Avon style” with consultants(Tupperware and Herbalife as well…), to motivate and help the friend, is a great impulse to transactions.
Detail: It’s known by the marketing and Sales community that part of the sales of the “Avon style” is “charity” between friends.
You will question me: “Dah! But these no-appeal stores will sell 1 or 2 products in the first month if they go far…” . Okay, even if one store sells 1 article a month, imagine how many “1 sale per month” blogshops exist in the universe of Zlio stores(they had 200.000 stores in Dec.07 when they were a way smaller) that grows between 500 and 3000 everyday. Furthermore, the sum of the sales in each month becomes substantial revenue. It is the famous of long tail of sales.
P.S: Zlio is also paid by commission.
P.S 2: It is already known that there are people living on Zlio based blogshops earning up to 3000 Euros monthly.
When the e-shoppings which put together the best performance blogshops will appear?
How do you evaluate this new highly emotional distribution channel? Do you believe in the success of internet-sales based companies?
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Muito bom a postagem. Apesar do caráter "ganhe dinheiro trabalhando alguns minutos em casa" esse canal me parece realmente promissor. Talvez seja uma oportunidade para a principal rede de relacionamentos utilizada pelos brasileiro (Orkut) ter uma interface com esse Zlio, expondo a loja digital de cada membro. Essa novidade é realmente fantástica.
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